[Com uma mochila, uma rede e apenas cinco peças de roupa, Eliezer chegou a um ponto em que dependia de doações de alimentos.]
“Quando cheguei a Brasília, tinha poucos pertences, mas estava confiante de que minha vida melhoraria”, compartilhou Eliezer Pereira, 33 anos, que deixou sua família no Paraná em busca de melhores oportunidades no Distrito Federal. No entanto, sua jornada não seguiu como planejado. Gradualmente, ele perdeu amizades, emprego e até mesmo o lugar onde morava.
Com poucos recursos, Eliezer acabou precisando de doações de alimentos para sobreviver. “Foi um período terrível, péssimo. A sensação era de desespero total. Acabei morando no chão da Rodoviária do Plano Piloto”, relembrou.
No entanto, graças ao apoio dos programas governamentais do Distrito Federal, a vida de Eliezer começou a mudar. Por aproximadamente um mês, ele recebeu abrigo da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), onde além de quatro refeições diárias, teve acesso a acompanhamento psicológico e, mais importante ainda, a chance de se reintegrar à sociedade.
“Foi lá que conheci pessoas novas, todos em situação semelhante à minha”, revelou Eliezer. Foi também nesse momento que ele teve acesso a diversos benefícios sociais oferecidos pelos governos local e federal, como bolsa família e auxílio vulnerabilidade.
Com o suporte técnico da equipe da Sedes, Eliezer começou a traçar metas para seu futuro. Sua grande conquista veio ao ser selecionado para o RenovaDF, um programa de qualificação profissional. Durante três meses, ele aprendeu diversas habilidades que o prepararam para o mercado de trabalho.
“Após passar por tantas dificuldades, ser aceito no RenovaDF foi um grande marco para mim”, afirmou. O programa também o introduziu aos restaurantes comunitários, onde encontrava alimentação balanceada a preços acessíveis.
Com a bolsa garantida pelo RenovaDF, Eliezer pôde alugar um lugar para morar e iniciar um negócio próprio na área de mídia social. Hoje, ele olha para trás e mal reconhece a pessoa que um dia foi. “Decidi nunca mais voltar atrás”, concluiu.
De acordo com o subsecretário de Assistência Social da Sedes, Coracy Chavante, as unidades de acolhimento são o primeiro passo para quem busca uma vida melhor. “É mostrar que cada um é capaz de ter uma vida digna e uma profissão”, explicou.
Agora, Eliezer trabalha para realizar seu maior sonho: reunir-se com sua família e seu filho de quatro anos. Assim como ele, milhares de pessoas têm a oportunidade de mudar de vida com o apoio do GDF. Todos os programas sociais estão disponíveis no site da Sedes e podem ser solicitados em uma das unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
