O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou seu apoio ao diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, como principal candidato para assumir a presidência da instituição após o término do mandato de Roberto Campos Neto. Em uma entrevista à rádio Itatiaia, Lula descreveu Galípolo como um profissional de grande competência e integridade, destacando sua trajetória como secretário-executivo do ministro da Fazenda Fernando Haddad em 2023, antes de sua nomeação para o Banco Central.
Lula enfatizou que não tem pressa para fazer a indicação, respeitando o mandato atual de Campos Neto até dezembro deste ano. Ele expressou desacordo com algumas ações recentes do atual presidente do BC, sem especificar detalhes, mas reiterou a importância de escolher alguém com profundo conhecimento em política monetária e um compromisso inequívoco com o Brasil e seu povo.
O presidente também mencionou que o cargo de presidente do Banco Central é de extrema responsabilidade e requer seriedade e competência para evitar erros. Ele afirmou que a escolha do sucessor de Campos Neto será baseada nessas qualidades essenciais, além de um profundo comprometimento com o país.
Lula já havia anteriormente elogiado Galípolo como “um companheiro altamente preparado”, mas enfatizou que ainda não está concentrado na nomeação do próximo chefe do BC. A decisão final deverá considerar não apenas a expertise técnica, mas também o comprometimento político e a capacidade de liderança do candidato escolhido.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável pela taxa básica de juros Selic, tem sido alvo de críticas tanto de setores petistas quanto de segmentos empresariais, especialmente após a última reunião em que a taxa foi mantida em 10,5% ao ano.