Hoje, no Supremo Tribunal Federal (STF), a Primeira Turma decide se abrirá ação penal contra os acusados de planejar o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. Entre os réus está Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, cuja irmã e sobrinho estão presentes na sessão junto a advogados, estudantes e jornalistas.
A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República em maio deste ano, envolve também os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do ex-policial Ronald Paulo de Alves e Robson Calixto Fonseca, conhecido como “Peixe”. Eles são acusados de integrar uma organização criminosa ligada ao crime.
Durante o julgamento, a Turma analisa se a denúncia preenche os requisitos legais e se há indícios suficientes do crime e de sua autoria. Os denunciados se tornarão réus se a denúncia for aceita.
Rivaldo Barbosa, atualmente preso desde março, nega veementemente qualquer envolvimento nos assassinatos de Marielle e Anderson. Ele afirmou em depoimento à Polícia Federal que não possui vínculos com os irmãos Brazão, apontados como os mandantes do crime.
A investigação indica que Ronnie Lessa, ex-policial militar que confessou ser o autor dos disparos, implicou Rivaldo Barbosa na tentativa de dar mais credibilidade à sua delação premiada. Rivaldo, por sua vez, solicitou para ser ouvido pela PF, argumentando sua inocência.
Este julgamento marca um momento crucial na busca por justiça para Marielle Franco e Anderson Gomes, enquanto o país acompanha de perto os desdobramentos deste caso que abalou o Rio de Janeiro e gerou repercussão nacional e internacional.