Carlos Henrique da Silva Paixão, de 18 anos, acusado de participar de uma quadrilha que chantageava e extorquia ex-clientes, afirmou em audiência de custódia que trabalhava como entregador e ganhava R$ 80 por dia. No entanto, suas redes sociais mostravam uma vida de luxo. Ele foi preso pela polícia do Rio de Janeiro na última sexta-feira (7).
As investigações revelaram que Carlos Henrique era responsável por atrair novas vítimas e chantageá-las, causando prejuízos que ultrapassam R$ 100 mil. Uma das vítimas relatou ter perdido mais de R$ 71 mil. Em suas redes sociais, o jovem exibia cordões de ouro, notas de R$ 100 e R$ 50, além de posar com baldes de uísque e energético.
Segundo a 21ª DP (Bonsucesso), a renda declarada por Carlos Henrique não condiz com o estilo de vida que ostentava. A polícia alega que o dinheiro exibido por ele é proveniente das chantagens.
Outros Integrantes da Quadrilha
Fábio dos Santos Pita Júnior, de 26 anos, conhecido como “Pedro Dominador”, é apontado como o líder do grupo. Ele também ostentava uma vida luxuosa nas redes sociais e se apresentava como empresário. Outros suspeitos de integrar a quadrilha incluem Ronaldo da Silva Gonçalves, responsável pela movimentação financeira, e Cynara Ferreira da Silva, mãe de Carlos Henrique.
Embora Cynara não atuasse como garota de programa, ela foi indiciada por extorsão e associação criminosa, pois recebia em sua conta bancária os valores extorquidos das vítimas.
As investigações mostram que a quadrilha marcava encontros através de sites especializados e depois chantageava as vítimas com ameaças de exposição de dados bancários, fotos e vídeos comprometedores. Eles também ameaçavam revelar os casos para as famílias das vítimas.