Denúncias de exploração infantil na Ilha de Marajó, reportadas por Damares, são pauta em destaque novamente

As denúncias de exploração sexual de crianças e tráfico de pessoas menores de idade na Ilha de Marajó, no Pará, voltaram a ser destacadas nesta semana, após a repercussão de uma música da cantora Aymeê intitulada “Evangelho de fariseus”.

A música chamou a atenção para os problemas sociais e ambientais na ilha amazônica, mencionando questões como desaparecimentos, queimadas na Amazônia e exploração infantil. Após sua apresentação no programa “Dom reality”, a cantora fez relatos sobre as tragédias e crimes que ocorrem em Marajó, incluindo tráfico de órgãos, pedofilia e prostituição infantil.

Essas declarações reacenderam o debate sobre os casos de exploração infantil na região, que já haviam sido denunciados anteriormente, inclusive pela ex-ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves. Artistas e influenciadores lançaram a campanha #justicaporMarajo nas redes sociais, exigindo ação para combater os crimes.

Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação civil pública contra Damares e a União por supostas acusações de “práticas sexuais violentas e torturas com crianças” na região. Damares negou as acusações e afirmou aguardar que o MPF seja rigoroso na investigação dos abusadores.

Os casos de exploração sexual e pedofilia na Ilha de Marajó são investigados há décadas e foram alvo de uma CPI no Senado em 2008. No entanto, as medidas para conter esses crimes ainda são insuficientes, e a população continua clamando por justiça e ação efetiva por parte das autoridades.

Damares Alves, ao comentar sobre as denúncias recentes, relembrou seus esforços anteriores para combater os abusos na região, incluindo a criação do programa Abrace o Marajó. No entanto, ela lamentou a falta de continuidade nas ações e a sensação de missão não cumprida, especialmente após o cancelamento do programa pelo governo anterior.

A senadora pediu que a sociedade e as instituições se unam para enfrentar esse problema grave, destacando a urgência de agir diante do sofrimento das crianças na Ilha de Marajó.

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