O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central enfrenta hoje uma decisão crucial: manter ou cortar a taxa básica de juros, Selic. A alta recente do dólar e da inflação, somada aos juros elevados nos Estados Unidos, criaram incertezas sobre o possível encerramento do ciclo de cortes iniciado em agosto do ano passado, ou se haverá uma última redução de 0,25 ponto percentual.
Nas últimas sete reuniões, o Copom reduziu a Selic, com seis cortes de 0,5 ponto e um de 0,25 ponto na última reunião em maio. O boletim Focus mais recente indica que os analistas do mercado esperam uma manutenção da Selic em 10,5% ao ano até o final de 2024, contrastando com a estimativa anterior de encerrar o ano em 10%.
A inflação tem sido um ponto de atenção, com expectativas elevadas para 2024, que subiram de 3,8% há quatro semanas para 3,96%. O IPCA de maio, afetado por enchentes no Rio Grande do Sul, registrou alta de 0,46%, acumulando 3,93% em 12 meses, dentro da meta para 2024.
A Selic, utilizada como referência para taxas na economia, é fundamental para o controle da inflação. Decisões do Copom impactam diretamente as políticas econômicas, influenciando o crédito, a poupança e a atividade econômica como um todo. A reunião de hoje definirá a direção a ser seguida pelo Banco Central diante do cenário econômico desafiador.
O próximo Relatório de Inflação, que será divulgado no fim de junho, poderá trazer novas projeções considerando os últimos desenvolvimentos econômicos.